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Jerónimo fala em “interesses obscuros” no encerramento da maternidade

jeronimo_sousaJerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, defende que o fecho da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, não faz sentido e que por detrás desta decisão do Governo poderão estar “interesses obscuros”, relacionados com o ramo imobiliário.

O ministro da Saúde assumiu hoje que o encerramento da MAC é uma inevitabilidade, sendo que o Governo vai avançar com essa medida durante a atual Legislatura. Jerónimo de Sousa estranha a decisão, até porque o Estado investiu, recentemente, “milhões de euros” na requalificação das instalações desta maternidade.

O líder do PCP questiona, numa conferência de imprensa que decorreu em Lisboa, “por que razão pretende o Governo encerrar a Maternidade Alfredo da Costa?”. E Jerónimo encontra a resposta, ainda que sob a forma de suspeita. “O futuro dirá se não se trata de mais uma correta medida de gestão do património público, ou se não estamos perante  interesses obscuros, relacionadas com o interesse pelo espaço imobiliário”.

Jerónimo de Sousa considera ainda que “nada justifica” o fecho da MAC, espaço que “tem uma carga simbólica”. Por outro lado, sustenta, o encerramento da MAC insere-se num conjunto de medidas que “tocam profundamente os portugueses”.

“A Maternidade Alfredo da Costa deu uma contribuição decisiva para o nascimento de crianças, naquilo com que sonhámos com o 25 de Abril, que era o direito de nascer com saúde”, lembra o dirigente comunista, criticando a decisão do ministério de Paulo Macedo.

Nesta conferência de imprensa, que decorreu na sede do PCP, em Lisboa, Jerónimo de Sousa criticou as decisões do executivo de Passos Coelho, no que diz respeito ao Serviço Nacional de Saúde.

Recorde-se que o encerramento da MAC foi aventado há dias e confirmado mais tarde pelo titular da pasta da Saúde, Paulo Macedo, que adiantou que a decisão está tomada e que a maternidade lisboeta vai encerrar portas até 2015, ano em que termina a atual Legislatura.

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