Já se contaram pelo menos 70 mortos na região norte do Iraque, vítimas de atentados suicidas, com carros bomba, e tiroteios. Nenhum grupo terrorista reivindicou a autoria dos ataques, o que deixa um sinal de que o Iraque enfrenta uma guerra civil imparável.

Pelo menos 70 pessoas morreram no Iraque, na região norte do país, onde se fazem sentir os sinais desta guerra civil. Atentados com carros bomba, explosões, tiroteios e outros ataques espalham a violência, numa segunda-feira sangrenta.

A al-Qaeda não reivindicou os atentados, nem qualquer ato violento, mas as autoridades suspeitam de que células locais do grupo terrorista estejam por detrás de alguns dos ataques que se verificaram sobretudo nesta segunda-feira, mas que se prolongam desde abril. Nos últimos três meses, contaram-se mais de 2000 mortos.

Já não se verificaram tão violentos confrontos no Iraque há cinco anos, aquando das disputas entre xiitas e sunitas. O norte do país estará a ser alvo de reflexos da guerra civil que se vive na Síria.

Ontem, verificaram-se ataques nas principais cidades do norte. As autoridades de segurança também foram o alvo dos atentados e tiroteios, que não pouparam civis. Foram lançadas bombas para a sede da polícia de Mosul, num ataque que tirou a vida a 25 pessoas, quase todos polícias.

Desde abril, os números de mortos permitem perceber que o fenómeno de violência está a aumentar no Iraque, que não contava tantas vítimas desde os ataques que dividiram Bagdad, numa guerra religiosa que tirou a vida a dezenas de milhar de pessoas.

A célula da al-Qaeda está a tentar recuperar o terreno perdido aquando da guerra com os EUA, que levou à queda de Saddam.