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Investigadores portugueses explicam impacto das calorias no envelhecimento

neuronios ratoUma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra, liderada por Cláudia Cavadas, descobriu um novo mecanismo que explica a forma como a diminuição do consumo de calorias atrasa o envelhecimento. O estudo foi publicado na última edição da revista norte-americana Procedings of National Academy of Sciences (PNAS).

A investigação do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra descreve um mecanismo inédito que explica que a redução de calorias aumenta a molécula ‘neuropeptídeo Y’ (NPY), responsável por estimular a “reciclagem celular”.

O grupo estudou esta “reciclagem celular”, chamada de autofagia, nos neurónios de uma zona cerebral responsável pelo envelhecimento do corpo, o hipotálamo.

Os resultados sugerem que a redução de calorias, em percentagens de 20 a 40 por cento, sem se prescindir de nutrientes, pode atrasar o envelhecimento em ratinhos, por aumentar a produção de NPY que estimula, por sua vez, a autofagia no hipotálamo.

A líder do grupo de investigação, Cláudia Cavadas, sublinha que “este estudo, realizado durante cerca de três anos no CNC e que envolveu vários investigadores, mostra, pela primeira vez, que o NPY no hipotálamo é um elemento fundamental para que ocorra um aumento da autofagia induzida pela restrição calórica”.

Apesar de a comunidade científica já possuir o conhecimento de que a diminuição de calorias atrasa o envelhecimento, o grupo de investigação do CNC descobriu que o NPY explica como esse atraso ocorre no hipotálamo, e é nesta molécula que poderá estar a chave para combater os impactos negativos do envelhecimento.

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