O défice público de 2015 atingiu os 4,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), adianta o Instituto Nacional de Estatística. A resolução do Banif custou 2,5 mil milhões de euros. Portugal viola o Pacto de Estabilidade, que obrigava a que o défice ficasse abaixo dos três por cento.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) apresentou nesta quinta-feira os dados dos Principais Agregados das Administrações Públicas, relativos à estimativa provisória anual de 2015 e enviados ao Eurostat.
De acordo com esta estimativa provisória, o setor das Administrações Públicas apresentou, em 2015, “uma necessidade líquida de financiamento de 7893 milhões de euros (4,4 por cento do PIB)”, realça o INE.
Estes dados representam um incumprimento de Portugal relativamente às metas estabelecidas no Pacto de Estabilidade, o que tem custos parar o País.
Já a operação de resolução do Banif traduziu-se “num agravamento do défice das Administrações Públicas de 1,4 por cento do PIB em 2015”.
“No contexto da resolução, houve um apoio público sob a forma de uma injeção de capital no valor de 2255 milhões de euros, dos quais 489 milhões de euros pelo Fundo de Resolução, que é uma entidade incluída no setor institucional das Administrações Públicas, e 1766 milhões de euros diretamente pelo Estado”, enaltece o INE.