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Ilha Terceira já seria habitada na Idade do Bronze, defende uma equipa de arqueólogos

acores terceiraSeriam a Terceira e as restantes ilhas dos Açores já habitadas em tempos rupestres? Uma equipa de arqueólogos afirma que sim, depois de descobertos vestígios que remontam à Idade do Bronze. O arquipélago, afinal, pode não ter sido descoberto pelos portugueses.

Em 1427, a expedição comandada por Diogo de Silves avista terra, descobrindo os Açores. E se os livros de História estiverem mal e, na verdade, o arquipélago já tivesse sido habitado em tempos rupestres? Alguns achados arqueológicos têm reforçado esta teoria, depois de encontrados vestígios, na Terceira, “com características que fazem remontar à Idade do Bronze”, como adiantou Nuno Ribeiro.

Foi na segunda-feira, durante a conferência “Ocupações humanas pré-portuguesas nos Açores: mito ou realidade?”, realizada na Universidade dos Açores, que Nuno Ribeiro, presidente da Associação Portuguesa de Investigação Arqueológica (APIA), revelou a descoberta de um local de arte rupestre na Terceira.

Neste local, uma equipa de arqueólogos (portugueses, britânicos, norte-americanos, espanhóis e alemães) encontrou vestígios de estruturas cuja arquitetura e construção são aparentemente, de origem pré-portuguesa. Também foram encontrados um epígrafo da época romana e estruturas megalíticas, assim como monumentos de tipo hipogeu (túmulos escavados nas rochas) e “pelo menos três santuários proto-históricos escavados na rocha”.

O processo vai avançar agora para a fase de datação, a qual depende da autorização do Governo Regional. A burocracia foi, aliás, um dos entraves que Nuno Ribeiro lamentou, a juntar à falta de financiamento ou os vazios legais que podem remeter importantes locais arqueológicos para uma situação de abandono.

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