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Igreja diz que suspensão do feriado do Corpo de Deus “não resolve a crise”

igrejaA Igreja Católica, através da Conferência Episcopal Portuguesa, considera que a suspensão do feriado do Corpo de Deus “não resolve a crise”. Nesse sentido, defende a reposição do feriado, que ontem foi celebrado pela última vez. D. José Policarpo apela a uma a pessoa esteja no centro da resposta à crise.

A suspensão do feriado do Corpo de Deus não merece apoio da Igreja Católica, que aponta esta celebração como parte da identidade do povo, como uma tradição que não pode ser eliminada. Assim, diversas vozes levantaram-se ontem, dia em que o feriado foi celebrado pela última vez.

De acordo com D. José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa, que presidiu à homilia que assinalou o Corpo de Deus, na Sé de Lisboa, a solução dos problemas do país encontrar-se-á quando a pessoa estiver no centro da resposta à crise, o que implica uma “reviravolta cultural”.

Segundo refere o embaixador do Vaticano em Portugal, citado pelo Correio da Manhã, este feriado tem uma carga simbólica que não pode ser desrespeitada. “[O Corpo de Deus] faz parte da identidade do povo e é uma tradição importante”, refere D. Rino Passigato, que considera que o dia merece a celebração que foi suspensa.

O feriado foi suspenso até 2017, por imposição do Governo, que pretende reduzir a quantidade de paragens laborais para aumentar a produtividade. Alguns desses feriados que a partir do próximo ano deixam de o ser estão o Corpo de Deus.

Os representantes da Igreja temem que a partir de 2013 os fieis se afastem da Igreja, nas homilias que marcam a celebração do Corpo de Deus.

Por seu turno, o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa manifesta à mesma fonte que esta decisão política é inócua. “O fim do feriado não vai resolver a crise”, defende Manuel Morujão. Visão semelhante tem D. José Cordeiro, bispo da Igreja em Bragança e Miranda do Douro.

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