Grupo de investigadores determina probabilidade de um doente com hepatite C poder padecer de um cancro do fígado. A pesquisa, feita em Taiwan, permite antever uma doença cancerígena com uma taxa elevada (80 por cento) de correção.

O investigador Chen Chien-Jen, que lidera a equipa de investigadores de Taiwan, explica que este novo método de diagnóstico do doente com hepatite C analisa o funcionamento do seu fígado, o sangue do paciente e o genótipo do vírus. As informações recolhidas tornam possível antever a probabilidade de esse doente padecer de um cancro no fígado.

As taxas de sucesso neste diagnóstico por antecipação apresentam-se elevadas: 80 por cento dos casos em que se prevê o cancro do fígado num doente com hepatite C acaba por resultar na doença.

Os benefícios deste diagnóstico com grande antecedência são enormes. Com a possibilidade de se fazer um acompanhamento à saúde do doente, combate-se a potencial cancro no estado inicial. Uma vez que o doente hepático pode ser considerado como de elevado risco para sofrer um cancro no fígado, é possível ter mais sucesso no tratamento e cura.

O estudo foi realizado na ilha de Taiwan, onde a hepatite B e C se tornam na maior causa de cancro do fígado: 20 a 25 por cento dos casos de hepatite B resultam em cancro no fígado. No que diz respeito à hepatite C, essa percentagem é bem maior: 70 a 75 por cento.

Esta investigação surge no dia em que se fala da cura da hepatite, na Conferência da Associação do Pacífico Asiático para o estudo do Fígado, que decorreu em Taiwan. Especialistas apontam avanços no tratamento e prevêem que dentro de dois anos a doença possa ser curada.

Há em Taiwan cerca de três milhões de doentes com hepatite B e cerca de 600 mil com hepatite B, segundo dados do Departamento de Saúde local.