Todos os cardeais, excetuando os que ultrapassaram o limite da idade, 80 anos, são obrigados a deslocar-se ao Vaticano e a permanecerem fechados na Basílica de São Pedro. A regra foi quebrada apenas por Julius Riyadi Darmaatmadja, o arcebispo emérito de Jacarta (Indonésia) que a Santa Sé dispensou por motivos de saúde.
O processo de eleição do Papa decorre por voto secreto, cabendo a cada cardeal completar a frase “escolho como sumo pontífice” com o nome do eleito, depositando o voto na urna. No final, o cardeal carmelengo lê cada voto em voz alta, com a ajuda de três assistentes, realizando a contagem.
A eleição ocorre quando existir uma maioria de dois terços. De cada vez que os votos forem insuficientes, serão queimados com um produto para assegurar que o fumo saia negro, demonstrando ao exterior que não foi possível um acordo. A votação recomeça e prolonga-se no máximo até 12 dias. Chegando ao quarto dia, o conclave para para diálogo entre os cardeais e oração, recomeçando no sexto.
As pausas repetem-se, se necessárias, ao sétimo e décimo dia. Atingindo um cúmulo de 12 dias e 34 votações sem resultado de dois terços, os votos passam a abranger apenas os dois nomes mais votados anteriormente. Quando se atingirem finalmente os dois terços, os sinos da basílica tocam e ouve-se a expressão ‘habemus Papam’: temos Papa.