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Há grávidas sem meios para pagar consultas, alertam médicos de saúde materna

gravida 1gravida 1 600Médicos especialistas em saúde materna avisam que há grávidas sêm dinheiro para pagar consultas. Em declarações à rádio TSF, Bilhota Xavier, presidente da Comissão Nacional da Saúde Materna, da Criança e do Adolescente, revela que há casos de gravidezes de risco que não são acompanhadas e que um terço dos hospitais com maternidades realiza menos de 1500 partos por ano.

A crise económica deixa algumas grávidas de risco sem dinheiro para consultas consideradas fundamentais. O alerta é dado aos microfones da TSF pelo presidente da Comissão Nacional da Saúde Materna, da Criança e do Adolescente, que encarna a preocupação dos médicos.

“Há grávidas que são detetadas com algum risco, que são sinalizadas para os hospitais, e que por dificuldades económicas acabam por não estar presentes nessas consultas”, resume, em declarações àquela rádio.

Bilhota Xavier manifesta-se preocupado com este ‘bloqueio’ a cuidados de saúde essenciais, por parte de futuras mães, algumas das quais em gravidez de risco. E isso ajuda a explicar a queda da natalidade: um terço dos hospitais com maternidades realiza menos de 1500 partos por ano.

Por outro lado, os médicos de saúde materna consideram que se deve caminhar no sentido da isenção do pagamento de taxas moderadoras por parte dos menores de 18 anos, para que os adolescentes não sejam prejudicados com esta realidade: falta de meios financeiros para ter cuidados médicos essenciais.

E a Comissão Nacional da Saúde Materna, da Criança e do Adolescente apresenta um número revelador de uma realidade preocupante: somente 35 por cento dos adolescentes teve, aos 13 anos, uma consulta de vigilância.

O adiamento da gravidez também leva a que os cuidados médicos assumam uma enorme importância. Uma em cada quatro mulheres que foram mães engravidou depois dos 35 anos de idade.

Os médicos temem que o afastamento das grávidas e dos adolescentes dos hospitais, por razões económicas, é um problema social que tem de ser combatido com medidas imediatas.

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