A missão de observadores da União Africana (UA) considerou hoje que as eleições presidenciais de domingo se realizaram num ambiente de “calma e serenidade”, de forma “transparente e sem incidentes de maior”.
Em conferência de imprensa, o chefe da missão da UA, Rafael Branco, em declarações preliminares, referiu que “estas eleições marcam uma etapa importante para a consolidação do processo democrático na Guiné-Bissau”.
A missão felicitou o Governo, a Comissão Nacional de Eleições (CNE), os candidatos e o povo guineense e as forças de defesa e segurança e “incentiva a que continuem a preservar a paz e a segurança no país com vista a um desenvolvimento sustentável”.
O antigo primeiro-ministro são-tomense saudou ainda o papel da força militar da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (Ecomib) pela sua “contribuição para a estabilização” da Guiné-Bissau e pelo “acompanhamento do processo eleitoral”.
A organização pediu ainda aos candidatos que “preservem o diálogo político, a tolerância e o consenso e que recorram aos meios legais em caso de contestação dos resultados”.
Entre as recomendações, a missão instou o Governo e o parlamento “a reforçar os meios da CNE, melhorar o sistema de recenseamento eleitoral” e a CNE “a melhorar a qualidade da tinta indelével e a identificar os delegados dos diferentes candidatos”.
Segundo Rafael Branco, à comunidade internacional, a UA pede que “continue a apoiar” a Guiné-Bissau e que “reforce as instituições do Estado de Direito e a democracia”, que são “o garante da estabilidade e do desenvolvimento humano sustentável”.
Os observadores notaram uma forte mobilização popular, destacando uma “forte participação das mulheres”, enquanto eleitoras e como delegadas dos candidatos.
Na segunda-feira, a missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) considerou que as eleições presidenciais de domingo se realizaram “num clima de calma e cordialidade” e que os incidentes registados não puseram em causa o processo.
Numa conferência de imprensa num hotel da capital guineense, Bissau, o líder da missão, Soumeylou Maiga, ex-primeiro-ministro do Mali, pediu ainda aos candidatos para que “aceitem a vontade do povo da Guiné-Bissau” e que “qualquer contestação seja feita dentro do quadro legal”.
A CNE anunciou hoje que divulga na quarta-feira, às 10:30, numa unidade hoteleira de Bissau, os resultados das eleições presidenciais.
Mais de 760.000 eleitores foram chamados às urnas no domingo para eleger o próximo Presidente da Guiné-Bissau entre 12 candidatos.