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Guarda Revolucionária testa os mísseis com que o Irão ameaça as bases militares dos EUA

irao_misseisA Guarda Revolucionária está a testar os mísseis que, segundo a Imprensa iraniana, podem atingir alvos até 2000 quilómetros de distância. É a resposta do Irão, que promete retaliar contra bases militares norte-americanas se sofrer um ataque externo.

O Irão regressou às ameaças, aumentando o tom com que promete responder em caso de ataque por parte dos EUA. Com a Guarda Revolucionária a testar mísseis, pelo terceiro dia consecutivo, a Imprensa iraniana refere que é possível, em poucos minutos, atingir o território de Israel e, mais distante ainda, bases militares norte-americanas.

“Essas bases estão todas ao alcance dos nossos mísseis, e as terras ocupadas também são um bom alvo para nós”, afirmou o comandante da divisão aeroespacial da Guarda Revolucionária, Amir Ali Haji Zadeh, citado pela agência de notícias Fars. Os mísseis a serem testados terão uma alegada capacidade de atingir alvos até 2000 quilómetros de distância, colocando 35 bases dos EUA ao alcance.

Se os EUA ou Israel (as referidas “terras ocupadas”) concretizarem alguma ação militar, os iranianos prometem responder “em minutos”, continuou Zadeh: “pensámos em medidas que mobilizem mísseis para destruir todas essas bases nos primeiros minutos após um ataque”. Sem citar as bases, calcula-se que o raio de ação dos mísseis possa alcançar instalações militares norte-americanas em Bahrein, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Turquia, estando ainda ao alcance mais 10 bases na Ásia Central, nomeadamente no Afeganistão e no Quirguistão.

Os EUA ainda não se pronunciaram oficialmente sobre esta ameaça, mas os analistas militares consideram, de forma geral, que o Irão tende a exagerar sobre as capacidades militares de que efetivamente dispõem. Há, ainda, dúvidas sobre a possibilidade dos mísseis iranianos ‘furarem’ o sistema de defesa norte-americano.

Os testes realizados pela Guarda Revolucionária, numa série intitulada “Grande Profeta 7”, surgem na sequência da aprovação, domingo, dum embargo total da União Europeia ao petróleo, como forma de pressão para que o Irão abandone as investigações atómicas.

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