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Gripe: o vírus camaleão que escapa a três vacinas, compara Francisco George

francisco_georgeA gripe é um vírus camaleão, na comparação de Francisco George. O diretor-geral da Saúde sublinha a capacidade de mutação do vírus de forma a explicar que nem sempre a vacina pode ter efeito contra a gripe: e são três as vacinas em circulação.

O vírus da gripe pode ter sofrido uma mutação, o que aumenta a necessidade de manter uma vigilância constante. É como “um camaleão”, compara o diretor-geral da Saúde, Francisco George, sublinhando que uma nova variante da gripe pode ter tido efeitos no aumento da mortalidade registado em fevereiro, subida essa que tem sido difícil de explicar por parte dos responsáveis pelo setor.

“A vacina contempla três vírus – dois A e um B – mas o vírus da gripe é como um camaleão. Está sempre em mudança”, reforçou Francisco George, quando questionado pelos jornalistas sobre o aumento da mortalidade em fevereiro, durante a cerimónia de abertura do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e Diálogo Entre Gerações.

Como “nem sempre há o encontro exato entre a composição da vacina e os vírus que estão a circular”, o diretor-geral da Saúde defende a importância de manter uma investigação constante e atual sobre eventuais mutações do vírus, para que as vacinas não comecem a perder eficácia.

Apesar da mortalidade ser “um fenómeno cíclico”, Francisco George admitiu que as autoridades de saúde estão ainda a tentar explicar os números de fevereiro, mais concretamente os registados entre os dias 13 e 19. Nesse período, de acordo com os dados publicados no Boletim de Vigilância Epidemiológica do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, foram contabilizadas três mil mortes em Portugal.

O próprio ministro da Saúde, Paulo Macedo, já tinha anunciado que o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge vai realizar um estudo profundo para perceber se os números da terceira semana resultam “do frio anormal” ou de outras causas a discriminar.

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