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Greves: “Percebo as dificuldades” dos “problemas” que o Governo “herdou”, diz Marques Guedes

marques guedesO Governo desconhece os motivos das greves anunciadas, embora Marques Guedes suspeite que seja devido à “dureza das medidas”. O ministro retalia com “os problemas” que o Governo “herdou” dos “anteriores” e que exigem “um longo caminho” para os “corrigir”.

O Governo entende “as dificuldades que os portugueses estão a passar”, mas desconhece os motivos que sustentam as greves anunciadas, revela o ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares. Luís Marques Guedes acredita que os protestos têm por base “a dureza das medidas” previstas na proposta de Orçamento de Estado para 2014, as quais são justificadas com “os problemas” que o país “herdou” dos governos anteriores.

“Percebo as dificuldades por que estão a passar. Este Governo está a tentar resolver os problemas que herdou. É preciso corrigir, não se pode fechar os olhos nem varrer para debaixo do tapete nem esperar que se resolvam por si. Todos nós temos que resolver os problemas do país que foram criados nos últimos Governos”.

Garantindo que “este Governo está a resolver problemas que herdou”, Marques Guedes realçou que o executivo respeita os direitos fundamentais dos trabalhadores, responsáveis pelos “momentos e fundamentos” das greves, e disse acreditar saber qual o motivo pelo qual os sindicatos da função pública marcaram uma paralisação para 8 de novembro: “porventura tem a ver com a dureza das medidas a que o país continua a ser sujeito”.

“Lembro que a dureza das medidas não decorre da situação actual, até porque a perspectiva do Governo é que a economia portuguesa tenha saído da recessão neste terceiro trimestre”, frisou o ministro, aguardando que a economia nacional mantenha a tendência de “um ligeiro crescimento”.

“Vamos esperar pelos dados oficiais”, acrescentou o governante, colocando água na fervura: “os portugueses sabem que há um longo caminho a percorrer ainda de modo a ajustar as despesas à riqueza que produzimos. Há ainda um défice e enquanto houver é porque há desequilíbrio entre o que produzimos e o que pagamos, derivado do endividamento que se acumulou na última década”.

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