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Greve dos professores: Confap exige “equidade” e, se houver faltas, vai pedir a anulação dos exames

professora quadroSaber quantos alunos vão fazer exame de português no dia 17, quando ocorre a greve dos professores, é “jogar no totoloto”, acusa o presidente da Confap. Para garantir a “equidade”, bastará que uma turma não possa fazer o exame para que os pais exijam a anulação.

No extremar de forças entre duas direções opostas – o Ministério da Educação e Ciência (MEC) e os sindicatos dos professores – junta-se uma ‘terceira via’, mas acrescentando ainda mais uma direção: a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap). Em causa está a greve nacional convocada para dia 17, que coincide com o exame nacional de português do 12.º ano, e os pais aditam uma exigência ao braço de ferro entre Governo e professores: basta que a greve afete um exame para que a associação exige a anulação da prova.

“Não sei qual será a solução que o Governo vai adoptar, mas esta é a única que garante a equidade”, explicou-se Jorge Ascenção, presidente da Confap, numa entrevista ao Público. Os pais não admitem que alguns alunos façam o exame na segunda-feira e outros, devido a eventuais faltas de professores, tenham de o realizar num outro dia: “o facto de se tratar de uma prova diferente realizada num dia diferente coloca em causa a equidade, num momento decisivo para o futuro dos alunos”.

Jorge Ascenção criticou também que, em vez de procurar diminuir o conflito, o MEC tenha recorrido a uma instrução para que os diretores das escolas convoquem todos os professores: “saber quantos alunos teriam condições para fazer exame no dia 17 era jogar no totoloto e, com esta convocatória, o MEC limitou-se a preencher mais algumas colunas, aumentando a chance de ganhar”.

A tomada de posição dos pais coincide com a reunião de hoje do ministro Nuno Crato com os sindicatos, assim como com o anúncio de que a Fenprof prolongou em mais uma semana o pré-aviso de greve.

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