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Grécia: Dimar deixa a coligação do Governo sem direito a notícia na televisão pública

grecia praca syntagmaO Dimar é o primeiro dos três partidos que sustentam o Governo grego a abdicar, mas a saída do executivo não tem direito a notícia na televisão pública. Foi o fim da ERT que levou o Dimar a deixar a coligação, depois nas negociações para a reabertura da estação chegarem a um impasse.

A Grécia corre o risco de ver cair mais um Governo depois do Partido da Esquerda Democrática (Dimar) anunciar que abandona a coligação, em desacordo com o fecho da estação pública ERT. A saída do Dimar não é notícia na ERT porque esta continua sem emitir.

O encerramento da televisão pública abriu feridas insanáveis dentro da coligação de três partidos, sendo o primeiro a sair o menor deles. O primeiro-ministro, Antonis Samaras, continua a deter a maioria no Parlamento grego, mas será sujeito a maior pressão na negociação dos temas mais polémicos: tem apenas três deputados de ‘vantagem’ sobre a oposição.

“O país não precisa de eleições”, sustenta o líder do Dimar, Fotis Kouvelis, acrescentando no mesmo comunicado que “a Esquerda Democrática insiste na política de reformas e vai continuar a procurar e a exigir soluções dentro da realidade europeia”.

Apesar de ter deixado a coligação, o Dimar mantém quadros políticos à frente de alguns ministérios. O partido deve instruir esses ministros a renunciarem, o que pode pôr em causa todo o programa de resgate da troika, uma vez que o apoio parlamentar fica mais escasso.

O fecho súbido da ERT ocorreu há dez dias, por decisão do Governo de Samaras. As negociações para reabrir a estação pública chegaram a um impasse. Os cerca de 2600 trabalhadores continuam a aguardar para saber como será o futuro.

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