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Governo de Macau quer oferecer mais atrações para distribuir turistas pelo território

A diretora dos Serviços de Turismo de Macau defendeu hoje a oferta de mais atrações e locais de interesse para distribuir os turistas e aliviar a pressão sentida em algumas zonas do território.

“O nosso problema em capacidade de acolhimento é que [o turismo] não é distribuído. (…) Temos de providenciar mais possibilidades, mais atrações”, afirmou Helena de Senna Fernandes, em declarações aos jornalistas.

Macau, um território com pouco mais de 35 quilómetros quadrados, recebeu em 2018 mais de 35 milhões de turistas, um número que já não está longe do ‘teto máximo’ de 40 milhões de turistas por ano, segundo o Instituto de Formação Turística (IFT).

Para a diretora dos Serviços de Turismo, “há muitas áreas que estão a sentir esta pressão”, pelo que a estratégia passa por “distribuir os turistas por diferentes espaços”.

Além disso, “não entram no território o mesmo número de pessoas todos os dias”, frisou.

A capacidade diária de acolhimento é de 11.000 turistas, mas “há dias em que entram menos pessoas e outros períodos em que entram muitas mais”, referindo-se, por exemplo, à semana do Ano Novo Chinês, período em que Macau recebeu este ano mais de 1,2 milhões de pessoas.

Questionada sobre outras formas de limitar o número de visitantes, Senna Fernandes salientou que o território “não é um parque temático”, por isso há que pensar em “diferentes maneiras” de combater o problema.

A aplicação de uma taxa turística, que está a ser estudada pelo Governo, não é, no entanto, a solução para limitar o número de entradas, defendeu.

Em entrevista à agência Lusa, em finais de março, Senna Fernandes avançou que o Governo está a realizar “um estudo de comparação em termos das taxas que estão a ser impostas, por exemplo, por Veneza, (…) e pelo Japão”.

Os resultados deste estudo deverão ser divulgados ainda no primeiro semestre, afirmou esta tarde.

“Queremos apresentar os resultados o quanto antes. Não queremos deixar o assunto marinar muito tempo”, disse a responsável, sublinhando que a decisão final não cabe aos Serviços de Turismo.

O turismo da região cresceu 211 por cento entre 1999 e 2018, passando de 11,5 para 35,8 milhões de pessoas, segundo as autoridades.

Os chineses constituem a esmagadora maioria dos 35 milhões de turistas que visitaram Macau em 2018.

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