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Governo assegura que contrato para ligação ferroviária Évora-Elvas será assinado “nos próximos dias”

O contrato com o consórcio vencedor do concurso para a realização da obra da linha ferroviária de Évora a Elvas vai ser assinado “nos próximos dias”, divulgou hoje o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques.

“Daqui a dias, literalmente, vamos contratar a maior obra ferroviária dos últimos 100 anos […] é a ligação entre Évora e Elvas, que permite a ligação dos portos do sul a Espanha. São 100 quilómetros de ferrovia nova, num investimento que ultrapassará globalmente, de certeza, os 400 milhões de euros e vai ser contratada nos próximos dias”, revelou.

O concurso para a ligação ferroviária entre Évora e a fronteira, de quase 100 quilómetros, considerada a maior obra ferroviária em 100 anos, foi lançado a 05 de março de 2018, em Elvas, numa cerimónia que contou com as presenças dos primeiros-ministros de Portugal e de Espanha.

Segundo o calendário previsto, a obra de construção da nova linha deverá iniciar-se até março de 2019 e a conclusão está programada para o primeiro trimestre de 2022.

De acordo com os dados do executivo comunitário, a modernização do troço Évora-Caia, com um custo estimado de 388 milhões de euros, recebe uma comparticipação da União Europeia de 56 por cento (184 milhões de euros).

O anúncio surgiu quando o ministro respondia hoje, durante a conferência de imprensa que sucedeu à reunião semanal do Conselho de Ministros, a questões acerca da execução do Plano Ferrovia 2020, que promove as ligações com Espanha e a modernização dos principais eixos ferroviários, englobando um investimento superior a dois mil milhões de euros, dando especial destaque ao transporte de mercadorias e ao transporte público de passageiros.

“Estamos absolutamente empenhados na Ferrovia 2020. Não nos faltam os meios financeiros, pomos os fundos comunitários ao serviço da ferrovia. A meio do programa ter 40 por cento do investimento previsto em processo de obra, em obra, ou concluído parece-me uma execução dentro de tudo o que é expectável num processo desta complexidade”, afirmou.

O governante reagia a um artigo hoje publicado pelo Público, no qual o diário descreve que, “dos 20 projetos apresentados em 2016 para realizar até 2020, há oito que já deveriam estar concluídos, mas dois nem sequer começaram” e só seis estão em obra.

“Dos restantes 12, há 11 que já deveriam estar em obras, mas nenhum começou e todos estão com anos de atraso”, acrescenta o jornal.

Pedro Marques admitiu que planeou “concluir uma determinada obra em determinado momento” e ainda não a concluiu porque quando chegou ao Ministério “esperava ter lá projetos para lançar aqueles concursos de obra e não estavam”.

“Foi preciso fazer o trabalho todo. […] Os primeiros dois anos de execução do Ferrovia 2020 foi, de facto, de contratação e execução de projetos. Os anos seguintes, a partir de 2018, em 2019, 2020 e 2021, são anos de obra intensa”, sublinhou.

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