O fumo pode aumentar os riscos de cancro da pele nas mulheres, indica um estudo realizado nos EUA, na Universidade do Sul da Florida. Esta pesquisa, que avaliou homens e mulheres fumadores e não-fumadores ao longo de duas décadas, concluiu que existe uma ligação entre esse hábito e o surgimento de carcinomas espinocelulares na população feminina.
O cancro do pulmão pode não ser o único efeito do hábito de fumar, nas mulheres, segundo conclui um estudo agora publicado no Cancer Causes Control, da autoria de uma universidade norte-americana. Há sinais que indiciam uma ligação entre o tabagismo e o cancro de pele, neste grupo de população.
Para a realização deste trabalho de pesquisa, os investigadores estudaram, ao longo de 20 anos, quase 400 pessoas – homens e mulheres brancos, que apresentam maior propensão para o cancro de pele –, cujos hábitos e estado de saúde foram avaliados, nesse período.
Com esses dados, os investigadores puderam perceber ligações entre esses hábitos e os efeitos na saúde. Assim, concluíram que as mulheres fumadoras, durante estas duas décadas, manifestaram-se mais propensas ao carcinoma espinocelular, que não sendo dos cancros mais agressivos, tem grande facilidade em propagar-se para outras partes do corpo, caso o tratamento não seja rápido e eficaz.
Refira-se que os cientistas chegaram à mesma conclusão nos homens, mas de uma forma muito ténue, que leva a que não se considere suficientemente relevante essa conexão entre o tabaco e este tipo de cancro.
Por esclarecer está a causa desta ligação, mas os investigadores da Florida realçam, sobretudo, o facto de ter sido descoberto mais um malefício do tabaco. Fumar tem inúmeros outros efeitos nocivos, mas nunca antes estivera associado ao cancro de pele.
Indicadores oficiais relativos aos EUA indicam que há, todos os anos, cerca de dois milhões de norte-americanos que são alvo do tratamento para este cancro. Este estudo foi publicado no jornal USA Today.