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Em França, as grávidas serão pagas para não fumar durante a gestação

Para incentivar a cessação tabágica em França, país com mais alta percentagem de grávidas fumadoras, foi lançado um projeto de incentivo às mulheres que deixarem o tabaco durante o período de gestação.

De acordo com um relatório do ministério da Saúde francês, citado pela TVI24, o país apresenta a mais elevada taxa de grávidas fumadoras, em toda a Europa. Dados relativos a 2015 dão conta de 17,8 por cento de mulheres que não pararam de fumar, durante a gravidez.

Para combater estes números, as autoridades de saúde locais desenvolveram estudos que apontaram a solução: incentivos financeiros, para que as futuras mães cessem de fumar, enquanto o feto se desenvolve.

Estes estímulos serão entregues de forma faseada, de cada vez que uma grávida vá a uma consulta médica e seja comprovado que atravessa um período de cessação tabágica.

Em cada consulta, recebem 20 euros, até um máximo de 300 euros.

Serão eleitas para este projeto apenas as grávidas com mais de 18 anos, com menos de quatro meses e meio de gestação e que fumem pelo menos cinco cigarros por dia. Os cigarros eletrónicos ou outros substitutos de nicotina ficam de fora.

A iniciativa é financiada pelo Instituto Nacional de Cancro e conta com a participação de 16 unidades de saúde francesas.

O Departamento de Saúde de Paris estima que cerca de 400 mulheres sejam elegíveis para este benefício.

Apesar de rara, esta medida não é nova. A Escócia já a aplicou, com bons resultados, após um estudo das universidades de Sterling e Glasglow. Na altura, 22 por cento das grávidas fumadoras conseguiram parar de fumar, com um investimento reduzido.

Além dos efeitos nefastos no bebé, o tabaco é responsável por abortos e partos prematuros. França, por maioria de razão, tem motivos para se preocupar com esta questão. Porém, o problema existe em todos os países do mundo.

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