Tudo indica que, ao contrário do que vinha sucedendo nos últimos anos, as equipas de Fórmula 1 vão poder realizar o desenvolvimento dos motores dos seus monolugares ao longo do ano, em vez de concentrarem esse trabalho os testes de pré-temporada.

A Federação Internacional do Automóvel (FIA) reconheceu que há um buraco no regulamento, depois de Mercedes, Ferrari e Renault terem pressionado para um congelamento tradio dos motores, por forma a dar-lhes tempo para introduzir atualizações necessárias em vez de as completarem no limite da pré-temporada.

Contudo a Mercedes mostrou-se firme em conceder mais tempo, o que deixava Ferrari e Renault com poucas esperanças de poderem reverter a atual situação. Só que tudo parece ter mudado quando foi sugerido à FIA que os regulamentos não estipulavam claramente um prazo para 2015.

Apesar da entidade federativa ter dado sempre a impressão de que os novos motores tinham de ser homologados para a primeira corrida, isso nunca foi bem explícito nas regras.

“Sempre foi pensado, embora não explícito nas regras, que os construtores tinham de fazer modificações nos motores dentro dos prazos e que depois submeteriam a versão final do motor de 2015 (na primeira corrida). Parece simples, mas quando se lê (o livro dos regulamentos) não diz isso, infelizmente”, reconheceu um porta-voz da FIA.

O diretor técnico da Ferrari, James Allison, levou o caso ao grupo de trabalho da FIA no Grande Prémio do Abu Dhabi, e houve mais discussões sobre o assunto na reunião do grupo estratégico antes do Natal.

A Federação Internacional do Automóvel admitiu que o que está escrito nos regulamentos está aberto a várias interpretalões, e por isso disse às equipas que a forma “mais lógica e robusta” de aceitar é que não há uma data para homologar os motores de 2015.

Isto significa que agora os construtores têm a opção de introduzir atualização aos seus motores ao longo da temporada, desde que limitem isso a um limite de 32 passos e não excedam também o número máximo de quatro motores por carro.