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FMI avisa que austeridade pode conduzir países a um cenário social insuportável

chistine lagarde 1Mais um alerta do Fundo Monetário Internacional (FMI), que avisa para o perigo de a austeridade conduzir países como Portugal a “situações insustentáveis”, quer em termos sociais, quer em termos políticos.

O FMI volta a avisar os países em crise para os perigos do excesso de medidas de austeridade, nas políticas de ajustamento, referindo-se aos países da Zona Euro, entre os quais Portugal. Para o fundo, a austeridade pode prolongar no tempo as reformas orçamentais que se realizam na União Europeia.

Por outro lado, segundo o FMI, essa austeridade não garante que a União seja capaz de aplicar as reformas necessárias, nem consiga combater o problema da dívida dos países como Portugal.

“Outro risco é o de que a austeridade possa tornar-se política e socialmente insustentável em países da periferia. As reformas estruturais e orçamentais exigirão anos”, realça o documento assinado pelo FMI, que será apresentado no G20, que reunirá no México.

A instituição liderada por Christine Lagarde alerta para a fragilidade de Portugal e Grécia e para os riscos sociais e políticos que os dois países enfrentam, caso os programas de ajustamento não tenham sucesso.

“Os elementos críticos para estabelecer uma união bancária levarão algum tempo a implementar”, quer na União Europeia, quer na Zona Euro, avisa o FMI, lembrando que “os governos sob pressão”, o que poderá conduzir “a maiores perdas no PIB e também a contágios preocupantes a outras economias”.

Esta não é a primeira vez que o FMI alerta para a austeridade excessiva. Um estudo de dois economistas do FMI, divulgado em outubro, reforça os argumentos das principais críticas à proposta de Orçamento de Estado em Portugal: o aumento da carga fiscal ou prejudica o crescimento da economia no longo prazo.

O documento foi elaborado para discussão pelo Fundo Monetário Internacional, mas o FMI, enquanto membro da troika, tem avalizado essas políticas em Portugal.

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