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Fernando Tordo emigrou para o Brasil, “com uma mala às costas e uma guitarra na mão”

fernando tordofernando tordo 600O músico Fernando Tordo emigrou para o Brasil, aos 65 anos, “com uma mala às costas e uma guitarra na mão”, como escreve o filho, João Tordo, no seu blogue.

“Adeus tristeza, até depois” pode muito bem ter sido a frase de Fernando Tordo, quando embarcou para o Brasil, aos 65 anos, para emigrar e deixar o país onde se tornou símbolo.

O adeus de Fernando Tordo ao seu país levou o filho, o escritor João Tordo, a partilhar no seu blogue uma carta, onde abre o coração, com uma crítica aos políticos, de forma sincera e desinteressada.

João Tordo conta que o pai “partiu com uma mala às costas e uma guitarra na mão”, por estar “cansado deste país onde, mais cedo do que tarde, aqueles que o mandam para Cuba, a Coreia do Norte ou limpar WC e cozinhas encontrarão, finalmente, a terra prometida: um lugar onde nada restará senão os reality shows da televisão, as telenovelas e a vergonha”.

Fernando Tordo, segundo o filho, parte porque faz parte do grupo de pessoas que se recusa a ser governado “por gente que fez tudo para dar cabo deste país”.

A emigração de Tordo – que de acordo com o filho aufere uma reforma de 250 euros – não deixa de ser simbólica, por representar a despedida de um idoso para longe do seu país.

A rematar a carta que João Tordo escreve no seu blogue, uma revelação: “Ontem, ao deitar-me, imaginei-o dentro do avião, sozinho, a sonhar com o futuro; bem-disposto, com um sorriso nos lábios. Eu vou ter muitas saudades dele, mas sou suspeito. Dói-me saber que, ontem, o meu pai se foi embora”.

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