Nouriel Roubini, o economista que antecipou a chegada da crise, defende que a carga fiscal tem de ser aliviada para que as reformas estruturais façam efeito. Sobre Portugal, afirma que “há uma fadiga da austeridade, que se começa a ver nas ruas, que pode tornar-se um problema”.
O economista Nouriel Roubini, que se destacou por antecipar a crise antes desta rebentar, em 2008, alerta Portugal e os outros países sob resgate para não exagerarem nas medidas de austeridade, pois “muitas medidas de consolidação têm efeitos recessivos” e contribuem para agravar a situação.
“Muitas medidas de consolidação têm efeitos recessivos. As reformas estruturais, que são necessárias, também têm efeitos recessivos”, argumentou o economista, quando discursava numa conferência realizada na Bolsa de Nova Iorque, nos EUA.
Roubini defendeu que “deve reduzir-se a austeridade fiscal quando se fazem reformas estruturais”, explicando depois, à Lusa, que em Portugal “há uma fadiga da austeridade, que se começa a ver nas ruas, que pode tornar-se um problema” e fazer fracassar o programa de ajustamento.
