Três taxas Euribor estão hoje a subir, apesar dos riscos da deflação atacar na zona euro. Só a taxa para 12 meses está a descer, em vésperas da reunião do Banco Central Europeu que deve manter ou baixar os juros para combater os sinais de deflação que começam a surgir.

Os mercados estão a ficar agitados com os sinais de deflação que começam a surgir na Europa. Com uma reunião do Banco Central Europeu (BCE) agendada para quinta-feira, os indicadores apontam para a manutenção ou descida em 25 pontos base das taxas de juro. A expetativa sobre novos mínimos não evitou que três das taxas Euribor, o valor de referência que 57 bancos da zona euro usam para empréstimos no mercado interbancário, estejam hoje em alta.

Utilizadas como indexantes para vários créditos, como os da habitação, as taxas Euribor a três, seis e nove meses têm estado a subir, ao contrário do que acontece com a taxa a 12 meses. Os indicadores estão, na generalidade, a corrigir das fortes perdas registadas na sexta-feira.

As taxas a três e nove meses têm subido 0,001 por cento, tal como a Euribor a seis meses, o principal indexante para o crédito à habitação em Portugal: está atualmente nos 0,342 por cento. O valor inverso, menos 0,001 por cento, está a ser registado pela Euribor a 12 meses.

Depois de ter mantido a taxa de juro de referência no mínimo histórico de 0,5 por cento, na reunião de 2 de outubro, o Banco Central Europeu (BCE) vai optar entre um novo congelamento ou uma baixa para um novo valor recorde. O objetivo é que o preço do dinheiro continue baixo para sustentar a retoma da zona euro.

O UBS, o Bank of America e o Royal Bank of Scotland acreditam que o BCE vai descer os juros em 25 pontos base, enquanto o BNP Paribas, o Societe Generale e o JPMorgam apostam num novo congelamento até à reunião de dezembro.