Os estivadores portugueses, que há mais de dois meses contestam o regime jurídico do trabalho portuário, têm um ‘reforço’europeu: os trabalhadores de vários portos na Europa paralisam as atividades, entre as 13h00 e as 15h00, em solidariedade com a greve em Portugal.

A luta dos estivadores portugueses – só os portos de Leixões e Sines têm operado com regularidade nas últimas semanas – já ultrapassou as fronteiras, com trabalhadores de vários portos na Europa a associarem-se, durante duas horas (entre as 13h00 e as 15h00), aos colegas em Portugal.

“Solidarizaram-se com a nossa luta e fazem questão de estar presentes na nossa manifestação”, adiantou Vítor Dias, presidente do Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul, citado pela Lusa. Segundo este sindicalista, são esperados estivadores espanhóis, franceses, dinamarqueses, suecos e belgas na manifestação que começou às 13h00, na Praça do Município, em Lisboa.

A contestação dos estivadores portugueses tem por motivo a nova lei do trabalho portuário, que, alegam, fará regredir o regime laboral ao que vigorava antes do 25 de Abril. A proposta do novo regime do trabalho portuário, a termo e intermitente, visa permitir reduzir o custo dos portos entre 25 e 30 por cento, defende o Governo.

Para além dos trabalhadores que vêm a Portugal associar-se ao protesto, serão vários os que, filiados em sindicatos da Federação Internacional dos Estivadores, garantiram que vários portos europeus estarão paralisados durante duas horas.