A mensagem é clara: ou Passos Coelho altura o rumo do Governo, ou é “seu dever retirar as consequências políticas que se impõem, apresentando a demissão ao Presidente da República”, exigem os mais de 70 signatários de uma carta aberta ao primeiro-ministro.
“Altere, urgentemente, as opções políticas que vem seguindo, sob pena de, pelo interesse nacional, ser seu dever retirar as consequências políticas que se impõem, apresentando a demissão ao senhor Presidente da República”. A exigência é de mais de 70 cidadãos, com um antigo Presidente como primeiro subscritor, Mário Soares, e tem como destinatário o primeiro-ministro.
Passos Coelho é acusado de “fazer caminhar o país para o abismo”, conseguindo aprovar um Orçamento do Estado para 2013 “iníquo, injusto e socialmente condenável”, acabando com “toda e qualquer esperança”.
Outro motivo que justifica o pedido de demissão são as mentiras do primeiro-ministro, como consta no documento: “há uma contradição, nunca antes vista, entre o que foi prometido e o que está a ser levado à prática”. “Os eleitores foram intencionalmente defraudados”, criticam os signatários.
Para além de políticos, como os deputados socialistas João Galamba, Inês de Medeiros, Pedro Delgado Alves e Pedro Nuno Santos, a carta é assinada por personalidades de vários quadrantes, como o professor catedrático Adelino Maltez, o arquiteto Siza Vieira, o pintor Júlio Pomar e o escritor Valter Hugo Mãe, entre muitos outros.
Se Passos Coelho pedir a demissão do cargo de primeiro-ministro, poupará “o País e os Portugueses ainda a mais graves e imprevisíveis consequências”, concluem os signatários do documento.
