A privatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo será feita por “venda direta de referência”, sendo o preço por ação um dos critérios de seleção. Dado a conhecer o modelo de negócio, o Governo alertou que vai exigir um “adequado projeto estratégico”.
Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) vão ser privatizados, com 95 por cento do capital a ser negociado por “venda direta de referência” e os restantes cinco por cento a serem colocados preferencialmente aos trabalhadores. Este modelo de negócio foi ontem divulgado, com a publicação em Diário da República da resolução do Conselho de Ministros.
No mesmo documento, o Governo salienta que “o preço vinculativo apresentado para a aquisição das ações representativas do capital social” será um dos critérios de seleção. A “idoneidade, capacidade financeira, técnica e de execução” dos candidatos e a “salvaguarda dos interesses patrimoniais do Estado”, no que concerne aos “fluxos financeiros” da privatização, o “adequado projeto estratégico” que sustente um “desenvolvimento das suas atividades nos mercados nacional e internacional” e que “maximize a manutenção dos atuais recursos humanos”, mantendo a “identidade empresarial e do atual património da empresa” e a “sustentabilidade económico-financeira” dos ENVC são as restantes condições definidas no caderno de encargos.
Até ao momento, a Empoderf recebeu seis propostas – de Portugal (duas), Brasil, Rússia, Estados Unidos, Alemanha e Noruega –, tendo já entregue a avaliação de cada ao Governo.
A privatização dos 5,950 milhões de ações será feita a um preço nominal mínimo de cinco euros, o que irá permitir ao Estado arrecadar mais de 30 milhões de euros.