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“Esta moção de censura é um ato de indignação política”, justifica Nuno Magalhães

O CDS apresenta hoje uma moção de censura ao Governo, a 29.ª em 43 anos de democracia. Vai ser chumbada, como aconteceu a 27, mas fica como “um ato de indignação política”, segundo Assunção Cristas.

Só por uma vez, em 28, a Assembleia da República aprovou uma moção de censura. Aconteceu em abril de 1987.

“Esta moção de censura é um ato de indignação política”, justifica o líder parlamentar centrista, Nuno Magalhães.

“Se melhor razão não houvesse para a moção do CDS, ela resultou na confissão do Governo, com a demissão da ministra da Administração Interna, o pedido desculpa do primeiro-ministro e o Conselho de Ministros”, insistiu.

O PSD vai votar a favor, mas a esquerda já anunciou o chumbo. Será o 28.º em 29 moções.

A única aprovada, em 1987, fez cair o Governo minoritário de Cavaco Silva. Foi apresentada pelo Partido Renovador Democrático, depois do executivo social-democrata ter criticado uma missão parlamentar à Estónia, república que então integrava a União Soviética.

Com a moção que apresenta hoje, o CDS junta-se ao PCP como o partido mais censurador: são sete iniciativas para cada um.

Curiosamente, o CDS é também o partido mais censurado: fazia parte do Governo (com PSD) entre 2011 e 2015, que detém o recorde de enfrentar seis moções de censura. Segue-se o primeiro mandato de José Sócrates, que superou quatro moções.

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