Um jovem espanhol foi operado no Arnau de Vilanova, em Valência, mas não pagou os 152 euros pela cirurgia. Teve de remover a prótese, dando origem a uma onda de solidariedade que daria para pagar 20 próteses iguais. Hoje, regressa à maca para colocar uma prótese… emprestada.
Chama-se Adrian García, tem 23 anos, e é protagonista de uma história insólita, em Espanha. Este caso começa quando, aos 14 anos, Adrian sofre um acidente a fazer montanhismo. Desde então, sofre limitações e não pode andar com normalidade, muito menos praticar desporto, a sua paixão.
Os anos passaram e na passada semana o jovem Adrian dá entrada num hospital Arnau de Vilanova, em Valência, onde foi operado ao joelho, para colocação de uma prótese que permitiria que a perna ficasse na posição correta, de forma a que pudesse recuperar totalmente desta limitação física.
O espanhol pensava que estava cumprida uma das derradeiras etapas na recuperação, mas, afinal de contas, estava a começar o seu martírio.
Feita a cirurgia, Adrian Garcia e, dias depois, o hospital envia para sua casa uma carta com a fatura a pagar pela prótese ortopédica: 152 euros.
Acontece que a família “não foi informada” deste custo e não tem meios financeiros para suportar a despesa. “Não nos informaram de nada, até à colocação da prótese”, garante o jovem, ao diário espanhol Público.
A família não pôde pagar a fatura, em virtude das graves dificuldades financeiras que enfrenta. María Dores, mãe de Adrián, revelou ao à imprensa que não podia pagar, por “não ter dinheiro nem para comer”.
E segue-se nova cirurgia de Adrián, que teve de regressar ao hospital para lhe ser retirada a prótese, substituída por gesso. Mas o problema agrava-se e o gesso “está a desviar-se”, não sendo tão eficaz como a prótese.
A família de Adrian Garcia propôs à empresa ortopédica o pagamento apenas no final do mês, mas não obteve uma resposta positiva. Pagamento imediato, ou remoção da prótese de Adrián.
