O primeiro-ministro espanhol garante que vai “manter” a austeridade em 2013 e baixar o défice, apesar da exceção dada pela Comissão Europeia com um alargamento do prazo. Quanto ao referendo pela autonomia da Catalunha, Mariano Rajoy lembrou que será ilegal.

A austeridade é para manter em Espanha enquanto durar o mandato de Mariano Rajoy. Foi o próprio primeiro-ministro quem o afirmou, numa entrevista ao El Mundo onde traça um balanço do primeiro ano em funções: “o Governo tem um rumo claro, sabe para onde vai e, atualmente, não vejo necessidade de trocar de política”.

Apesar dos “momentos difíceis” que o país viveu em 2012, que obrigou a um aumento da carga fiscal, Rajoy acredita que 2013 será um ano melhor e que no seguinte voltará “o crescimento económico e a criação de emprego”, o que poderá permitir um alívio fiscal: “à medida que a atividade económica melhore e o Estado consiga mais recursos, algumas decisões vão ser mudadas, como no imposto sobre os rendimentos”.

Em 2014, Espanha deveria cumprir o limite europeu para o défice, mas, ao contrário do que aconteceu com Portugal, a Comissão Europeia concedeu um regime de exceção, dando mais um ano para atingir essa meta. Contudo, o primeiro-ministro frisou que Espanha, “como os demais países da União Europeia, tem o compromisso de reduzir o défice público”, que no ano passado ficou nos nove por cento.

Mariano Rajoy prometeu ainda proibir um referendo pela autonomia da Catalunha, num processo liderado pelo presidente do Governo regional (Artur Mas), pelo simples facto de ser inconstitucional. “O que está a acontecer é mau para a Catalunha e para a Espanha como um todo. É uma situação complexa e difícil. A única coisa que tenho a dizer é que a lei vale para todos e a lei também será cumprida na Catalunha”.