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Esgotado: Farmácias e hospitais não têm antibiótico de benzilpenicilina

lentocilin Um antibiótico da família das penicilinas está esgotado. O Lentocilin não se encontra nas farmácias nem nos hospitais porque o laboratório que detém a autorização para a comercialização cessou a produção devido a “constrangimentos no processo de fabrico”.

Acabou o Lentocilin. O antibiótico à base da benzilpenicilina, uma substância ativa pertencente ao grupo das penicilinas, está esgotado em várias farmácias e hospitais.

O medicamento, utilizado para o tratamento de várias doenças (como infeções do trato respiratório superior, sífilis, febre reumática e difteria, entre outras), deixou de ser produzido “por constrangimentos no processo de fabrico relacionados com a falta da substância ativa”, segundo esclarecimento enviado pela autoridade que regula o setor do medicamento (Infarmed) à Lusa.

O laboratório Atral, que detém a Autorização de Introdução no Mercado (AIM) do antibiótico com o nome comercial Lentocilin, já alertara a 12 de novembro para a iminente rutura no abastecimento, numa comunicação dirigida aos profissionais de saúde.

A farmacêutica acrescentou então que previa retomar o fabrico do fármaco a 8 de dezembro, mas tal não sucedeu.

O diretor dos assuntos regulamentares do Atral, Eduardo Oliveira, confirmou que a rutura já se sente em “várias farmácias e hospitais” do país.

O Lentocilin é “essencial em algumas situações”, apesar de existirem alternativas terapêuticas (que devem ser escolhidas pelos médicos), reconheceu ainda o responsável, mas não voltará a ser comercializado enquanto não for substituído o fabricante da substância ativa.

Neste ponto, segundo Eduardo Oliveira, falta que o Infarmed aprove o novo fabricante, o North China Pharmaceutical Group Corp (NCPC), mas o pedido de autorização continua sem resposta por parte do regulador.

“Com o objetivo de obter a substância ativa em falta junto de um outro fabricante, os Laboratórios Atral, em cumprimento com as obrigações legais, submeteram um pedido de alteração aos termos da AIM para substituir o fabricante de substância ativa autorizado”, revelou a farmacêutica, em comunicado.

O Infarmed respondeu que “tem agilizado a gestão deste processo, para que a avaliação desta alteração aos termos da AIM seja concluída com a máxima brevidade”.

“Do ponto de vista regulamentar, é fundamental garantir o cumprimento dos requisitos e normas nacionais e europeias, garantindo assim que a qualidade, a segurança e a eficácia destes medicamentos continuam asseguradas”, explicou fonte da autoridade do medicamento, citada pela Lusa.

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