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Coletivo Es.Col.A reúne em assembleia com Rui Rio como alvo de novas ações de protesto

escola_devolutaNão vão parar e definiram um objetivo. Vão  manter o projeto social Es.Col.A que funcionava na Fontinha. E apontaram um alvo: Rui Rio, presidente da Câmara Municipal do Porto. O coletivo reuniu-se ontem em assembleia, para decidir as próximas medidas. Um conjunto de ações que se resume numa ideia: “Não dar descanso à autarquia”.

Os ativistas reuniram-se ontem em mais uma assembleia geral, no largo da Fontinha, para decidir como reagir à condição de projeto sem-abrigo, a que o Es.Col.A está sujeito, depois da ordem de despejo determinada pela Câmara do Porto e levada a cabo pela Polícia Municipal.

Perante este cenário, e numa decisão que resulta de inconformismo, os ativistas decidiram manter o projeto vivo, sendo que diversas ações de protesto vão decorrer, nos próximos tempos. Os próximos passos do coletivo resumem-se numa ideia: “Não dar descanso à Câmara”.

E o líder da edilidade, Rui Rio, é o principal visado nesta revolta dos ativistas. Algumas ideias mais radicais apontam a casa de Rio como alvo de um protesto, com os revoltosos a sugerir que a residência do autarca seja vedada com tijolos.

Entre as propostas desta assembleia, ouviram-se ideias que apontam no sentido de ocupar outra casa devoluta do centro histórico da cidade do Porto. Unânime foi a ideia de que diversas ações de contestação decorram em locais como a autarquia de Rui Rio.

No âmbito de atividades que não se prendem com o despejo, o Es.Col.A decidiu alargar o leque, com aulas de guitarra, ioga e teatro, entre outras ideias socioculturais.

Apesar de a Câmara considerar que a ocupação ilegal da escola da Fontinha suscitou um processo de negociação que o coletivo “não valorizou”, mantém-se o sentimento de revolta deste grupo, que pretendia regressar ao espaço que estava abandonado e que, segundo Rio, vai ser alvo de um projeto social promovido pela Câmara.

O coletivo Es.Col.A, recorde-se, recebeu ordem de despejo da escola da Fontinha, que ocupava. A autorização concedida pela Câmara do Porto para usar aquele espaço terminara em março e, não obstante o trabalho realizado em prol da comunidade local, a Câmara Municipal do Porto não renovou do acordo, o que levou a PSP a cumprir a ordem de despejo.

O Es.Col.A ocupava o espaço ao abrigo de um projeto de reabilitação do edifício e de dinamização sociocultural do bairro. Falhado o acordo com a Câmara do Porto para a continuidade da iniciativa, as autoridades procederam a um despejo.

A Câmara do Porto “questiona se o movimento estará realmente interessado em promover qualquer atividade comunitária, ou apenas em provocar distúrbios e desafiar as instituições”. A autarquia acredita nesta segunda hipótese, em virtude do “vídeo ameaçador” que estava a ser divulgado na Internet.

Ontem, uma nota do Comando da Polícia Municipal do Porto adianta ainda que a desocupação da antiga escola da Fontinha resulta de uma “reposição da legalidade”, sendo que as autoridades apenas cumpriram a sua “obrigação profissional”. A escola foi emparedada, por ordem da Câmara, para vedar o acesso ao espaço.

No entanto, o coletivo Es.Col.A não se conforma com o despejo e pretende continuar a desenvolver as mesmas atividades. A assembleia de ontem definiu um rumo, que passa pelo protesto, pela ação, mesmo que nas ruas da cidade do Porto.

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