As “escalas ilegais” são, a par da “sobrecarga horária”, os principais motivos que justificam a concentração, hoje, dos guardas prisionais em frente à Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais. São já dezenas de profissionais numa vigília que pode transformar-se numa marcha.
Os guardas prisionais estão cansados da “má-fé” do Governo, resume Júlio Rebelo, presidente do Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional. Hoje, dezenas de profissionais reuniram-se em frente à Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, em Lisboa, para protestar contra “escalas ilegais” e “a sobrecarga horária sem ser remunerada”.
A vigília serve de “chamada de atenção”, refere Júlio Rebelo, mas poderá tornar-se numa marcha de protesto até ao Ministério da Justiça, no Terreiro do Paço, caso os guardas profissionais continuem a acorrer à concentração.
“Neste momento, estamos perto de meia centena e estão a continuar a chegar mais elementos. Dentro de algum tempo, esperamos que esteja perto da centena prevista de elementos que se predispuserem a vir demonstrar o seu descontentamento à tutela”, explicou o sindicalista, citado pela Lusa.
O descontentamento foi agravado com a “má-fé” do diretor-geral dos Serviços Prisionais, que Júlio Rebelo acusa de não comparecer à reunião prevista para ontem, a qual fora agendada depois de convocada a vigília de hoje.
“Predispusemo-nos a desmarcar a reunião se esta fosse frutífera para o corpo de guardas, mas para surpresa nossa, recebemos um email a desmarcar a reunião por motivos de agendamento da vigília quando esta tinha sido marcada antes da própria reunião”, argumentou o responsável.