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Engenheiros sísmicos portugueses com “muito medo” da realidade nacional

Os engenheiros especialistas em sismos traçam um cenário delicado da realidade portuguesa, avisando mesmo que, em caso de ocorrer um sismo, “muitas estruturas não resistirão”. Pela voz do presidente da Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica surge um aviso. Em caso de sismo, em Portugal, “as pessoas que lá estarão nem vão notar pois a seguir a um sismo ficarão debaixo dos escombros”.

A Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica está preocupada com a realidade nacional para fazer face ao risco de abalos, nomeadamente em hospitais, escolas e edifícios de habitação que têm sido reabilitados.

João Azevedo, presidente da Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica, começa por mostrar a preocupação relativamente a unidades hospitalares de Lisboa que, em caso de sismo, podem ser afetadas.

“Tenho muito medo pois não é só garantir que não caem, mas também que estão operacionais quando são necessários”, salientou, em declarações à TSF, falando do Hospital de Santa Maria e do São José em Lisboa.

“Não se percebe o risco de ter um hospital como o Santa Maria ou o São José ou como outros que do meu ponto de vista não estão seguros como deveriam estar em caso de sismo.”

João Azevedo não compreende a situação.

“Como é que se continuam a construir hospitais sem esses sistemas que já são obrigatórios em países como o Perú, a Turquia, sendo o dia-a-dia em países como os EUA, a Itália e a Nova Zelândia.”

À TSF, este especialista da Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica sustenta ainda que “tirando as grandes obras públicas como a Ponte Vasco da Gama (que deve ser um dos sítios mais seguros do país), em tudo o resto nós não sabemos como é que o projeto foi executado”.

As declarações da Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica surgem a propósito do simulacro que a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) realizou, nesta segunda-feira, de sensibilização para o risco sísmico “A Terra Treme”.

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