Economia

Empresas: Crédito malparado dispara para valor recorde

eurosEm junho, o crédito malparado agravou-se em 109 milhões de euros, estando agora nos 14 373 milhões de euros, o que representa 5,5 por cento de todo o crédito concedido. Apesar de ter crescido no caso das empresas, onde atingiu níveis históricos, regrediu, porém, entre os particulares.

Revelam os dados do Banco de Portugal, divulgados hoje, que o crédito malparado nas empresas atingiu, em junho, os 9539 milhões de euros (mais 1,2 por cento do que em maio), o que se traduz num valor histórico desde que, em 1997, começaram a facultar-se estes dados.

Este crédito de cobrança duvidosa representou 8,5 por cento do crédito disponibilizado às empresas (111 633 milhões de euros), menos 1,6 por cento em relação a maio. Comparando com o período homólogo de 2011, assistiu-se a um incremento de 65 pontos percentuais.

Relativamente ao crédito concedido a particulares, não obstante o malparado ter caído para os 4834 milhões de euros, subiu, contudo, 12 por cento face ao mesmo período do ano passado. Correspondia, em junho deste ano, a 3,3 por cento dos 148 521 milhões de euros disponibilizados às famílias (menos 1,1 por cento do que no mês precedente).

O crédito à habitação é o que mais contribui, em termos absolutos, para o malparado, com 2123 milhões de euros em junho (quase metade do malparado). Teve, no entanto, uma queda de 15 milhões de euros face a maio, e representa apenas 1,8 por cento do total de empréstimos para a compra de casa (117 242 milhões de euros, menos 750 milhões do que no mês anterior).

O malparado no crédito ao consumo e outros fins diminui 19 milhões de euros entre maio e junho, representando, ainda assim, a situação mais grave: 9,4 por cento da totalidade concedida para estes fins (28 987 milhões de euros).

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