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“Economia gera emprego no verão”, lembra ministro perante estagnação do desemprego

alvaro_santos_pereiraÁlvaro Santos Pereira, ministro da Economia, comentou a estagnação do desemprego em Portugal, com 15,2 por cento em maio, mas desvalorizou esse dado do Eurostat, considerando que “nos meses de verão, assinala-se sempre um atenuar do desemprego”. Os números do Eurostat de maio são iguais ao do mês anterior, sendo que no que diz respeito ao desemprego jovem há uma ligeira quebra.

O desemprego não cresceu em maio, mas esse facto não provoca qualquer reação de entusiasmo a Álvaro Santos Pereira. O ministro da Economia prefere “aguardar e ver o que sucede nos próximos meses”, até porque o verão costuma trazer “um atenuar do desemprego”, com criação postos de trabalho em virtude do turismo e do aumento do consumo.

Santos Pereira não reage por isso com entusiasmo aos dados do Eurostat, nem vislumbra qualquer inversão de tendência, até porque as previsões do Governo apontam para um aumento do número de desempregados nos próximos meses.

Confrontado com os 15,2 por cento de desempregados em maio, igual valor que se verificara a em abril, Álvaro Santos Pereira realça que o fenómeno de estagnação do desemprego não é novo. No entanto, prefere esperar para ver.

“Teremos de analisar a realidade dos próximos meses, a nível da sazonalidade do desemprego”, sustenta Álvaro Santos Pereira, pouco entusiasmado, até porque, apesar de a perda de postos de trabalho não ter aumentado entre aqueles meses, de acordo com os dados do Eurostat, certo é que Portugal continua a chamar a si uma das maiores taxas de desemprego da União Europeia (UE).

Com os 15,2 por cento de maio, Portugal apenas é batido pela Espanha, que apresenta 24,6 por cento, pela Grécia, que tem 21,9 por cento de desempregados, e pela Letónia, com 15,3 por cento, segundo o gabinete de estatísticas da UE.

Álvaro Santos Pereira, que falava aos jornalistas, não deixou de realçar as políticas de combate ao desemprego, que o atual Governo está a levar a cabo. O ministro da Economia lembra que “mais de cem mil pessoas são reencaminhadas para ações de formação”, ao abrigo do programa ‘Vida Ativa’, sendo que, já no âmbito do Estímulo 2012, cerca de “seis mil pessoas já receberam ofertas de emprego”.

O combate ao desemprego jovem “é também uma prioridade do Governo”. O programa ‘Impulso Jovem’ vai entrar em ação e tentará evitar a falta de saída profissional para jovens que acabaram a sua formação académica.

O Eurostat aponta uma quebra da taxa de desemprego jovem, entre os meses de abril e maio (de uma décima, apenas), dos 36,5 para os 36,4 por cento.

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