Economia

“É triste que a oposição”, diz Pires de Lima, não reconheça o “milagre” das empresas

pires de limaport bigPortugal assiste a “um milagre económico”, diz o ministro da Economia: apesar do desemprego “muito alto”, a economia está a recuperar por “mérito” das empresas. “É triste que a oposição não reconheça estes sinais”, acrescenta Pires de Lima.

Há um “milagre económico” em curso: apesar da crise, da intervenção da troika, do brutal aumento de impostos e do elevado desemprego, Portugal está a recuperar. Foi o ministro da Economia, Pires de Lima, quem elogiou as empresas pelo “mérito” deste “milagre” registado nos últimos meses, embora sem se comprometer a “amanhã, depois de amanhã” baixar os impostos.

“O Governo fez a sua parte, mas o principal mérito do milagre económico são as empresas. É triste que a oposição não reconheça estes sinais porque seria reconhecer o esforço das empresas, dos empresários, dos trabalhadores, que estão a fazer um esforço para a retoma”, sustentou Pires de Lima, quando falava aos deputados do PSD e do CDS no âmbito das jornadas parlamentares conjuntas.

O ministro da Economia citou os indicadores económicos que aferem a retoma, como a produção industrial e a taxa de nascimento de novas empresas, elogiou o comportamento das empresas exportadoras e centrou os destaques na reforma do IRC, salientando a simplificação dos procedimentos.

“Para dar um sinal de confiança de longo prazo”, Pires de Lima exortou a oposição a contribuir para a reforma do IRC, lembrando que o Governo aceitou incluir uma proposta apresentada pelo PS.

Mas o ministro também deixou alguns alertas. “O desemprego é ainda muito alto”, afirmou, e será preciso “proteger os sinais” de recuperação da economia “e a confiança dos agentes”, dando um exemplo: “evitando aumento de taxas às empresas e que possam afetar as famílias, sobretudo do setor privado”.

Pires de Lima não se comprometeu com um alívio da carga fiscal, embora desejando que “amanhã, depois de amanhã, se possam baixar os impostos”, assim que fique concluído o esforço de consolidação orçamental. “O maior adversário” da recuperação, concluiu o governante, “é a radicalização política”.

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