O problema está, no entender de Belmiro de Azevedo, na forma como o dinheiro está a circular em Portugal. O primeiro a ser financiado é sempre o Estado, pois este “não pode falir”, e as poucas ‘sobras’ ficam para os bancos, “onde não convém que haja muitas falências”. Neste setor, o empresário admite que seria a oportunidade de, “eventualmente”, se proceder a uma limpeza do “território”.
O fundador da Sonae instou ainda o Governo a “criar emprego barato”, pois dessa forma seria possível “remunerar os mais capazes e pagar o satisfatório para as pessoas viverem aos menos capazes”. Declarações que surgiram no mesmo dia em que o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, anunciou o “memorando para o crescimento e emprego”.