A Fundação para a Ciência e Tecnologia tem feito transferências e mantido o “diálogo” com a Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, pelo que ficou “surpreendida” com o anúncio da suspensão de projetos, como admitiu o ministro Nuno Crato.
A Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FFCUL) criticou os atrasos na transferência de verbas por parte da Fundação para a Ciência e Tecnologia, o que deixou esta entidade “surpreendida”. Nuno Crato, ministro da Educação e da Ciência (FCT), abordou hoje a divergência entre as duas instituições, garantindo que “estão a ser feitas transferências para a FFCUL” pela FCT, pelo que esta ficou “surpreendida” com as críticas.
Em Vila Verde, onde foi inaugurar dois novos centros escolares (com lançamento de foguetes e manifestação de cerca de uma dezena de professores), Nuno Crato sublinhou que a FCT tem mantido o “diálogo” com a FFCUL, pelo que, garantiu, a instituição ficou “surpreendida com as notícias vindas a lume” ontem, segundo as quais “toda e qualquer despesa de todos os projetos” será suspensa pela FFCUL.
Embora o orçamento para o próximo ano seja “muito exigente”, o ministro tranquilizou também os reitores das universidades, respondendo aos alertas de que algumas instituições poderão ser obrigadas a fechar as portas: “estamos em diálogo com os reitores. O orçamento está a ser discutido e portanto não há muito a adiantar sobre isso”.
Ficou a garantia de “um grande esforço” para “proteger o melhor daquilo que se faz em investigação científica em Portugal”, mesmo com o “muito rigor” nas contas do setor. Nuno Crato deu um exemplo dessa proteção ao anunciar um “concurso para bolseiros e de uma carreira científica”, o qual servirá para “dar estímulo aos melhores”.
