Ana Cristina Tapadinhas, adjunta do secretário-geral da Deco, salientou a existência de cerca de 51 mil reclamações na banca, com os créditos ao consumo e à habitação a dominarem a maior parte das reclamações. “A banca teve um acréscimo no número de contactos porque mexe nos bolsos dos consumidores, o que ganha ainda mais relevância em tempos de crise”, argumentou a adjunta do secretário-geral.
Nas telecomunicações, segundo Tapadinhas, foram registados quase 58 mil pedidos de apoio, desde questões relacionadas com períodos de fidelização a mudanças de operador ou ‘upgrades’ de serviços. A principal razão, contudo, foi a migração para a tecnologia TDT Televisão Digital Terrestre), que motivou 3600 contactos.
Outros dois grandes motivos foram a falência da empresa “A Vida é Bela”, com mais de 2000 consumidores a apresentarem queixa, e o desfasamento de hora nos contadores bi-horários, com cerca de 7500 reclamações. Ana Cristina Tapadinhas aproveitou para relembrar que a Deco continua a promover, este ano, um leilão de eletricidade, que já reuniu mais de 330 mil consumidores.
A responsável considera que o aumento de 19 por cento nas queixas registado em 2012 é motivado por um maior conhecimento dos consumidores, mais conscientes dos deveres e direitos, pela introdução de formulários que facilitam os processos de reclamação e pelo mediatismo de certas situações, sendo a insolvência da “A Vida é Bela” o exemplo mais conhecido.
