Mundo

Cumplicidade em proxenetismo: Strauss-Kahn enfrenta pena de 20 anos

dominique_strauss-kahn2Strauss-Kahn enfrenta uma pena que pode chegar aos 20 anos de prisão. O ex-líder do FMI foi submetido a 36 horas de interrogatório e é suspeito de cumplicidade numa rede de proxenetismo. Saiu em liberdade e volta a prestar depoimento a 28 de março.

Dominique Strauss-Kahn foi ouvido em Lille, no âmbito do caso Carlton, que investiga uma rede de proxenetismo, da qual, aleadamente, o ex-líder do Fundo Monetário Internacional faria parte. Strauss-Kahn responde pelos crimes de “cumplicidade em proxenetismo”, no interior de um “bando organizado”.

Caso seja considerado culpado, Strauss-Kahn enfrenta uma moldura penal que pode chegar aos 20 anos de prisão, sendo que a pena mínima é de cinco anos. O caso reporta a festas realizadas na Bélgica e na França, que contava com a participação de prostitutas.

Dominique Strauss-Kahn nega ter participado nestas festas, que originaram um processo que envolve amigos do ex-chefe do FMI. Oito pessoas já foram detidas por suspeita de pertencerem à rede.

Duas dessas pessoas são empresários com ligações ao Partido Socialista francês, e alegadamente responsáveis pela organização das chamadas “festas libertinas” e pelo pagamento das mulheres.

Porém, Strauss-Kahn desmentiu qualquer ilícito, considerando “insinuações maliciosas” que não passavam de um “linchamento mediático”. O ex-diretor do FMI entrou na esquadra de Lille nesta terça-feira de manhã para uma sessão de interrogatório com quatro investigadores que acabou por se prolongar por todo o dia.

De referir que a justiça francesa contempla que um cidadão possa ficar detido para interrogatório, mediante aprovação de um juiz, por um período máximo de 96 horas. Expirado esse prazo, terá de ser obrigatoriamente libertado.

A lei não penaliza os clientes de prostitutas, mas Strauss-Kahn corre o risco de ser acusado por cumplicidade com proxenetismo, ou abuso de bens sociais sob a forma de recetação.

Recorde-se que Strauss-Kahn passou uma noite sob custódia, numa esquadra de polícia em Lille, cidade onde foi interrogado durante, no âmbito de um inquérito judicial ligado a proxenetismo e prostituição.

A juíza de instrução Stéphanie Ausbart foi chamada pela polícia judiciária ao final da tarde para ratificar o prolongamento da detenção de Strauss-Kahn durante a noite e até ao dia seguinte.

Em destaque

Subir