O parque automóvel de Havana, em Cuba, vai ser rejuvenescido, com o fim das proibições impostas pelo Governo, que perduram há 50 anos. Os cubanos poderão importar carros, no âmbito da reforma económica empreendida pelo irmão de Fidel. Raúl Castro pretende criar um fundo para desenvolver os transportes públicos da ilha.
As novas regras para a importação e comercialização de automóveis em Cuba vão ser conhecidas em breve, publicadas na Gazeta Oficial, e entrarão em vigor nos próximos dias. A medida já foi aprovada em reunião do Conselho de Ministros, que decorreu nesta quinta-feira.
É uma medida histórica, inserida nas reformas que económicas empreendidas pelo presidente de Cuba, Raúl Castro. Vai ser permitida a venda, compra e importações livres de carros, motorizadas, camiões, pequenos autocarros, novos e usados, quer entre cubanos, quer em negócios com estrangeiros.
Mas não é apenas o parque automóvel que será renovado. Também a manutenção automóvel ficará mais acessível aos cubanos, com a permissão de venda e compra de motores, carroçarias, entre outras peças de carros.
Com o dinheiro gerado pelo pagamento de impostos, Raúl Castro pretende criar um fundo para desenvolver os transportes públicos da ilha, que estão a precisar de uma reforma.
Em declarações à AFP, alguns cubanos regozijaram-se por esta medida, que esperavam há décadas. Cuba não tem fábricas de automóveis, em virtude das restrições que perduravam há 50 anos, e o parque automóvel estava depauperado.
“As novas normas deixam sem efeito as cartas de autorização que o Ministério dos Transportes entregava a alguns cubanos”, informa a AFP, que cita o Granma. A compra e venda serão livres, com prioridade a quem já tem carta de condução.
Trata-se de uma das reformas com maior impacto, de todas as que são empreendidas por Raúl Castro, que sucedeu ao irmão Fidel Castro em 2006 na liderança de Cuba.