Economia

Crianças com cancro geram perdas de rendimento familiar superiores a 500 euros

As famílias que têm crianças com cancro sofrem a cada mês uma perda de rendimentos superior a 500 euros. Este “diferencial negativo”, revelado pela Acreditar, tem por base os custos acrescidos com a alimentação, as deslocações e a medicação e as perdas associadas às baixas ou ao desemprego.

É um alerta em forma de número. O estudo da Acreditar – Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro, hoje apresentado, mostra como o rendimento familiar das famílias que têm crianças com cancro é inferior à média em mais de 500 euros por mês.

Em causa está o aumento das despesas, como a medicação, as deslocações a unidades de oncologia e uma alimentação mais específica, e uma simultânea baixa nos rendimentos, devido às baixas que os pais têm de meter ou a continuidade no desemprego para poderem ficar a cuidar da criança.

Os dados foram obtidos através de um inquérito realizado junto de 419 famílias, com o “diferencial negativo” de 539 euros mensais a resultar de um aumento das despesas em 254 euros em combinação com menos 285 euros de rendimentos.

“Os resultados deste inquérito demonstram a necessidade de adequação das políticas sociais que protegem as famílias de crianças e jovens com cancro, de forma a criar melhores condições de adaptação às exigências dos tratamentos e da sobrevivência”, salientou a Acreditar.

A associação destacou ainda a preocupação pela falta de apoio escolar individual ou ao domicílio para 63,5 por cento das crianças e jovens com cancro, como também foi revelado pelo estudo.

A cada ano há cerca de 400 novos diagnósticos de cancro infantil, com “um impacto imediato e disruptivo” na família, concluiu a Acreditar.

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