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Coronavírus “é menos perigoso que vírus da gripe”, garante professor catedrático de medicina

Jorge Torgal, professor catedrático em medicina, revela, em declarações ao Jornal de Notícias, que o Covid-19 é “menos perigoso que vírus da gripe” e que existe “pânico completamente desproporcional à realidade”, em redor do tema.

Covid-19 e coronavírus são expressões que têm deixado o mundo em permanente estado de alerta. Com pessoas em quarentena, vários países tentam lidar com este vírus e há até relatos de uma verdadeira corrida às farmácias para a compra de máscaras de proteção e líquidos de desinfeção. Mas será o coronavírus assim tão perigoso como outros vírus que há muito fazem parte da rotina do mundo?

Jorge Torgal  detalhou este vírus que tem provocado o pânico um pouco por todo o mundo. “Existe um pânico completamente desproporcional à realidade”, considera este médico, em entrevista ao Jornal de Notícias, sustentando que “há um exagero sobre este assunto”. “Não sei a quem interessa”, adianta.

“Em Portugal, em 2014, os casos de legionela em Vila Franca de Xira mataram muita gente e deixarem sequelas em muitas mais. Isso, sim, é preocupante.”

Este professor de medicina não tem dúvidas em afirmar que o Covid-19 “é menos perigoso que o vírus da gripe” e justifica tendo por base a análise que faz do vírus e da realidade.

Ao ‘Jornal de Notícias’, o clínico João Torgal salienta ainda não ter dúvidas de que, mais tarde ou mais cedo, “é claro que haverá casos em Portugal”. Porém, “isso não é problema nenhum”.

“Vivemos em sociedade, com deslocações, com convívio entre as pessoas. É uma doença que tem tratamento”, explica.

Com a experiência clínica, João Torgal procura passar uma mensagem de tranquilidade e revela, por exemplo, que o facto de se saber a origem do vírus é um avanço.

“Se o Covid-19 fosse um vírus grave, ele não se difundia sem que se soubesse de onde vinha”, revela, dizendo que “muito mais grave foi o H1N1, com mortalidade muita mais elevada e, mesmo assim, foi controlado”.

Com vários países a tentarem lidar contra o vírus, João Torgal entende que no Irão poderá estar o foco que lhe merece maior preocupação.

O  Covid-19, detetado em dezembro na China e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.858 mortos e infetou mais de 83 mil pessoas, de acordo com dados reportados por meia centena de países e territórios.

Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram.

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