Economia

Consumo em quebra, mas venda de marcas brancas aumentam, diz barómetro

supermercadoDurante o primeiro trimestre de 2011, o consumo das famílias decresceu, de acordo com o barómetro da APED – Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição. Assinala-se um recuo de 8,6 por cento, no consumo total. Na área alimentar, as vendas caíram 3,7 por cento, nas grandes cadeias de distribuição, mas assinala-se um aumento das vendas de produtos de marcas próprias, em 2,4 pontos.

O barómetro da APED, no que diz respeito à área alimentar, permite concluir que os consumidores portugueses cada vez mais procuram as marcas das cadeias de superfície, que apresentam custos mais reduzidos.

Há uma quebra no consumo dentro das grandes superfícies (na ordem dos 3,7 por cento), mas assinala-se tendência inversa nas marcas brancas de Continente e Pingo Doce, que venderam mais 2,4 por cento de produtos com o rótulo próprio.

Esta é uma das conclusões a destacar do barómetro, que analisa as vendas durante o primeiro trimestre do ano. A análise da APED ao tipo de produto alimentar comprado também indicia que os consumidores procuram, cada vez mais, alimentos para confecionarem as próprias refeições, invertendo uma tendência de aumento de compra de produtos mais caros e já pré-cozinhados.

Em resumo, este barómetro indica que há uma preocupação natural dos consumidores em reduzir a fatura do supermercado, optando pelo mais barato, ao mesmo tempo que dispensam os produtos que não são de primeira necessidade.

A APED fala mesmo em “queda livre do consumo”, apontando que os consumidores passaram a evitar a compra de “livros, vestuário, frigoríficos, televisões, consolas e outros eletrodomésticos”, segundo indica Ana Trigo de Morais, diretora geral daquela associação.

Segundo a APED, esta tendência de quebra deverá manter-se no segundo trimestre do ano, sendo que Ana Trigo de Morais solicita uma intervenção do Governo, no sentido de perceber esta realidade, que está a prejudicar um setor importante para a atividade comercial do país.

Esta análise sobre a compra, venda e distribuição indica que há uma quebra global do consumo na ordem dos 8,6 por cento (incluindo os produtos não alimentares). A ajudar a esta subida, está a redução drástica de eletrodomésticos, por exemplo, cuja venda neste período decresceu mais de 25 por cento.

No que diz respeito às vendas de medicamentos que dispensam receita médica, assinala-se um aumento de 2,4 por cento, de acordo com dados deste barómetro.

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