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Construção ameaça colocar desemprego nos 20 por cento com fecho de 14 empresas por dia

construcaoSetor da construção exige medidas, alerta o presidente da AICCOPN, em comissão parlamentar sobre Obras Públicas. Em média, fecham as portas 14 empresas por dia, o que pode, segundo Manuel Reis Campos, fazer subir os números do desemprego em Portugal até aos 20 por cento. Há 160 trabalhadores por dia despedidos de empresas de construção. A dívida do Estado às empresas de construção atinge os 1400 milhões de euros e tem de ser paga com urgência.

A suspensão de projetos de obras públicas e corte de investimento faz soar o alerta. Manuel Reis Campos, líder da Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas, o setor da construção exige uma “tomada de posição”, sob pena de este setor contribuir para um aumento do desemprego em Portugal para números históricos.

O presidente da AICCOPN, que falava numa comissão parlamentar sobre Economia e Obras Públicas, adianta que há em média “14 empresas do setor da construção” a fechar as portas, por falta de empreitadas e cortes de projetos, o que suscita um fenómeno de desemprego elevado, “a uma média de 160 trabalhadores” a cada dia que passa.

“Se não forem tomadas medidas, o desemprego vai chegar aos 20 por cento. O setor da construção, a partir de março, não recebeu quaisquer encomendas, públicas ou privadas. E há 14 empresas por dia a fechar, com despedimento de 160 trabalhadores diariamente”, alerta Manuel Reis Campos, preante os deputados.

A medida que a AICCOPN considera fundamental está relacionada com “o pagamento imediato” às empresas. O Estado deve cerca de 1400 milhões às empresas do setor, que realizaram obras públicas.

Segundo perspetiva o presidente da FEPICOP, Ricardo Gomes, o setor da construção deve gerar 60 mil novos desempregados no verão de 2012. A estes dados juntam-se os números relativos a 2011, que no último trimestre perdeu 24 mil empregados, a uma média diária de 266 trabalhadores despedidos.

Durante todo o ano de 2011, o fecho de empresas de construção provocou 80 mil desempregados, com uma média total inferior, de 219 trabalhadores por dia. O Parlamento recebeu diversas associações do ramo da construção, que em comissão, perante os deputados, apresentaram a realidade negra do setor.

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