Portugal precisa de mais tempo para corrigir o défice excessivo? “É uma discussão pertinente”, responde Vítor Constâncio, vice-presidente do Banco Central Europeu, ressalvando compreender “a posição que o Governo português tomou de pedir mais um ano para o programa”.
Vítor Constâncio, ex-governador do Banco de Portugal e atual vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), é um dos mais recentes defensores da tese de que Portugal precisa de mais tempo para corrigir o défice orçamental. O economista não assumiu plenamente a defesa da tese, optando por defender a estratégia seguida pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar: “compreendo a posição que o Governo português tomou nessa matéria, de pedir mais um ano para o programa”.
Em causa está o ajustamento das metas para o défice definidas pela troika, da qual o BCE faz parte, juntamente com a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional. A questão a analisar é outra, antecipou Constâncio: “não é um problema de credores, é um problema de regras que a Comissão tem a obrigação de interpretar e de decidir”.
