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Comunicação Social pública sem meios para cobrir campanha na Guiné-Bissau

A Agência de Notícias da Guiné-Bissau, o jornal “Nô Pintcha” e a Rádio Nacional alertaram hoje que não têm meios para cobrir a campanha eleitoral para as eleições legislativas de 10 de março no país.

“Na verdade, a Rádio Nacional não está a desempenhar de maneira cabal aquilo que era desejável em relação à cobertura das eleições. Não obstante a entrega da lista das necessidades há vários meses, até este momento o Governo não disse nada e a rádio não tem condições materiais e financeiras para cobrir” a campanha eleitoral, disse Wilson Mendonça, diretor de antena daquela emissora.

A campanha eleitoral para as eleições legislativas arrancou no sábado. Candidataram-se ao escrutínio 21 partidos políticos, que estão a realizar ações de campanha em todo o território nacional.

“A rádio não tem viaturas, são 21 partidos que se estão a desdobrar por todo o país, alguns com mais frequência e outros com menos frequência, mas estão a fazer alguma coisa e nós perante esta situação não temos como fazer, na ausência de meios”, lamentou Wilson Mendonça.

Adulai Djaló, diretor de Informação do jornal “Nô Pintcha”, disse também estar com “imensas dificuldades” para fazer a cobertura da campanha eleitoral.

“À semelhança do que acontece na rádio e televisão pública, no Nô Pintcha é pior. É considerado o parente pobre da comunicação social estatal”, afirmou Adulai Djaló, salientando que além de falta de material, não tem meios financeiros para fazer chegar os seus jornalistas aos locais da campanha.

O diretor de Informação disse que o Estado ainda não disponibilizou meios e que também está a ser difícil saber as movimentações dos partidos políticos, que também não estão a convidar os jornalistas para os acompanhar.

“A agência tem estado a enfrentar muitas dificuldades. Não há meios de deslocação, logísticos”, afirmou Salvador Gomes, diretor da Agência de Notícias da Guiné-Bissau.

Salvador Gomes lamentou também que os partidos políticos não estejam a ajudar.

“Normalmente, em campanha, os partidos políticos informam onde vão estar e mostraram disponibilidade para levar o jornalista, mas este ano nem isso está a acontecer”, disse à Lusa Salvador Gomes.

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