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Comparador de comissões bancárias recebeu 88 mil visitas em seis meses

O comparador de comissões bancárias disponibilizado pelo Banco de Portugal recebeu 88.179 visitas desde o seu lançamento, em outubro de 2018, e até março, segundo o relatório de supervisão e comportamental hoje divulgado pelo banco central.

Em média, este comparador de comissões recebeu cerca de 14.697 visitas por mês.

O comparador de comissões está disponível no Portal do Cliente Bancário e permite comparar 93 comissões bancárias cobradas aos clientes de contas de pagamento (como a conta de depósito à ordem ou conta-corrente) por cada uma dos 200 bancos a operar em Portugal.

A comparação das comissões naquele portal do Banco de Portugal (BdP) pode ser feita por instituição ou por serviço, tendo em consideração os vários canais de comercialização (balcão, ATM, ‘online mobile’) e facultando sempre o preço final pago pelo cliente, já com imposto.

Segundo o BdP, no relatório hoje divulgado, “o lançamento do comparador no dia 01 de outubro de 2018 originou um número significativo de visitas ao Portal do Cliente Bancário, sendo que, em outubro, cerca de 26 por cento dos acessos resultaram da consulta àquela ferramenta”.

No total do quarto trimestre de 2018, o número de consultas ao comparador representou 14 por cento do total das visitas ao portal.

O comparador é uma obrigação europeia, que tem em vista uniformizar as denominações das comissões cobradas pelas instituições e permitir a sua comparação. No caso português, o BdP decidiu alargar o leque além dos 13 serviços bancários cuja comparação é obrigatória pela diretiva comunitária de Serviços de Pagamentos.

O comparador do BdP, limitado às comissões cobradas por serviços associados à conta de pagamento, não permitindo comparar produtos como os de crédito à habitação, permite aos utilizadores ordenar resultados das comparações, descarregar ficheiros e aceder um histórico (a partir de 01 de outubro) das comissões.

As comissões bancárias têm sido tema de debate nos últimos anos, quando os bancos alteraram preçários (passando a cobrar por operações bancárias de rotina, como comissões de manutenção de conta ou transferências de dinheiro) para compensar quedas de receitas em outras rubricas da conta de resultados, como a margem financeira.

Em 2018, segundo contas feitas pela agência Lusa, os cinco principais bancos cobraram mais quase 75 milhões de euros face a 2017, nas operações em Portugal, totalizando 1.818 milhões de euros.

A Caixa Geral de Depósitos cobrou em Portugal 383,3 milhões de euros em comissões, mais 2,3 por cento do que em 2017, o BCP 475,2 milhões de euros, mais 4,3 por cento, e o Santander Totta cobrou 372,4 milhões de euros em comissões líquidas, 12,5 por cento acima do valor de 2017.

O BPI teve comissões líquidas em Portugal de 277,8 milhões de euros, mais 5,6 por cento do que em 2017.

Por fim, o Novo Banco desceu na cobrança de comissões líquidas (no banco recorrente, sem contar com o legado do BES), passando para 309,2 milhões de euros em 2018 (-3,1 por cento).

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