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Com vídeo: Entre protestos e violência, Draghi inaugurou a sede do BCE

nova sede bce A festa da inauguração da nova sede do Banco Central Europeu foi marcada pela violência. Centenas de pessoas manifestaram-se com pedras e engenhos explosivos artesanais e envolveram-se depois em confrontos com a polícia. Houve pelo menos 350 detenções, segundo os media alemães.

Pelo menos 350 pessoas foram detidas hoje em Frankfurt, onde o Banco Central Europeu (BCE) inaugurou uma nova sede.

A opulência do edifício, que custou mais de 1,2 mil milhões de euros, espoletou um protesto contra a austeridade que juntou muitas centenas de pessoas.

Alguns dos manifestantes resolveram ‘participar’ na inauguração com pedras, engenhos explosivos artesanais (como ‘cocktail motolov’) e a queima de mobiliário urbano e outros objetos.

Perante a violência, a polícia antimotim foi chamada à ‘festa’. Várias centenas de manifestantes envolveram-se em confrontos com as forças da autoridade, que realizaram pelo menos 350 detenções.

A manifestação tinha sido convocada pelo Blockupy, um movumento popular que contesta a austeridade e o papel no BCE nos sacrifícios exigidos a vários países (como Portugal).

“O nosso protesto é contra o BCE como membro da troika. Apesar de não ser democraticamente eleito, faz o trabalho pelo Governo grego. Nós queremos o fim das políticas de austeridade”, reivindicou o manifestante Ulrich Wilken, citado pela Reuters.

O protesto gerou “um clima muito agressivo”, como descreveu a porta-voz da polícia de Frankfurt, Claudia Rogalski, em declarações à BBC.

No interior, o presidente do BCE, Mario Draghi, destacou a nova sede como “um símbolo do que a Europa pode atingir em conjunto” e dos riscos de uma eventual desagregação.

“A unidade europeia está a ser pressionada. As pessoas estão a passar por momentos muito difíceis. Alguns, como muitos dos manifestantes que estão ali fora hoje, acreditam que o problema é que a Europa está a fazer muito pouco”, reconheceu o italiano, que rejeita “uma união política do tipo em que alguns países pagam permanentemente pelos outros”.

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